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Alquimia - Alegorias (5/6)

 

Saudações templárias!

Os textos alquímicos freqüentemente utilizam elaboradas e extensas alegorias como um meio chave de comunicação de vários aspectos filosóficos, ou para ilustrar um processo alquímico em particular, como por exemplo, “A Idade de Ouro Restaurada”, “A Nova Atlântida” e outros.

Nestes textos alegóricos, um personagem, que supostamente se identifica com o leitor, faz uma jornada em busca de sabedoria e conhecimento dos mistérios da alquimia. Então, este personagem se depara com diversos caracteres arquetípicos, reis, rainhas, vários pássaros e animais alquímicos, e experimenta um processo de transmutação. Nesses paralelos são utilizados uma série de ilustrações simbólicas de diversos livros e manuscritos alquímicos. Essas alegorias são, em essência, a apresentação textual de ideais alquímicos que são encontrados nas sequências de símbolos dos diversos emblemas.

Alquimia e Misticismo

A alquimia sempre teve muitas faces. Ela nunca foi exclusivamente uma ciência de trabalhos práticos com as diversas substâncias, mas sempre teve aspectos espirituais e anímicos, e alguns escritos foram dedicados às importantes filosofias ocultas.

Alguns podem ainda pensar que a alquimia se tornou gradualmente mais e mais espiritual através dos séculos, contudo, não foi isso o que de fato  ocorreu.

Alguns dos primeiros manuscritos alquímicos se relacionam primeiramente com os assuntos místicos e espirituais. Por exemplo, o “Buch der Heiligen Dreifaltigkeit”, um dos primeiros manuscritos alquímicos alemães, datado de 1515, lida com paralelos entre Cristo e o processo alquímico. Estes paralelos Crísticos também foram explorados no importante “Waterstone of the Wise”, de Siebmacher, que chegou a ser reeditado cerca de 14 vezes.

Paracelso ( 1493-1541 ), o grande reformador da alquimia, também escreveu sobre os aspectos espirituais e místicos, e sua influência nos séculos 16 e 17 foram profundas. Durante os início do século 17, Jacob Boehme ( 1575-1624 ) escreveu vários trabalhos místicos, alguns dos quais extraíram ideias alquímicas de Paracelso, como “Signaturum Rerum”, “Theefold life of Man” e “Four Complexions”, publicados todos durante o século 17, e que desenvolveram uma nova linha de misticismo, com diversas influências alquímicas.

Em diversos trabalhos alquímicos as linhas mística e prática estão tão interligadas que não é possível separá-las, e nós devemos perceber que, para muitos alquimistas, o lado místico sempre esteve vivo, imanente, no o material, e o processo de transmutação alquímica foi para eles, um tipo místico de purificação.

 

Referência: “The Alchemical web site and virtual library” (www.levity.com/alchemy/)

Adaptado e traduzido do inglês por
Ds. Richard WAN DECK ET LIÈVRE, i.p.s.
Mestre Pontifical do Templo