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Posicionamento

A Ordem perante Religiões Tradicionais e Ordens Iniciáticas

Uma dúvida que pode surgir é se a Ordem possui liturgias ou ensinamentos exclusivamente cristãos, ou se apenas cristãos podem pertencer à irmandade templária. Outra dúvida é se a Ordem possui alguma relação com a franco-maçonaria, dado que esta utiliza símbolos templários em alguns de seus graus e ritos.

A Ordem do Templo, mesmo na Idade Média, procurou sempre atingir a Verdade Primordial e não uma faceta única da compreensão desta verdade. Foi assim que ela buscou unir o conhecimento do Oriente e do Ocidente e este foi um dos motivos relevantes que atraiu a Inquisição sobre ela.

Existem de fato, dentro do simbolismo templário, símbolos cristãos. Nos rituais que realiza, por exemplo, é comum o uso do canto gregoriano, que tem caráter cristão, longe de significar, todavia, que a Ordem seja exclusivamente cristã. Também podem ser encontrados diversos símbolos cabalistas, alquímicos e herméticos.

A Ordem do Templo, na verdade, é e sempre foi Universalista e prega ampla tolerância de pensamento, seja teológico, seja filosófico. Isso significa que os integrantes da Ordem templária são preparados para se tornarem livres pensadores e usufruir de ampla liberdade de pensamento, até mesmo, para frequentar outras associações ou organizações religiosas, utilizando-se do discernimento adquirido na Ordem, fundamentado em profundo conhecimento universalista, para separar o joio do trigo, sem contudo, deixar que tal interfira nas nobres atitudes esperadas de toda templária e de todo templário.

Domus Spiritus Sancti, 1618

Nos templos da Ordem podem ser encontrados os Livros Sagrados das principais religiões tradicionais, ou seja: a Bíblia (Cristianismo), a Torah (Judaísmo), os Sutras (Budismo), as Tríadas (Druidismo), o Bhagavad-Gita (Hinduísmo), etc. Os membros da Ordem estudam os princípios de cada crença tradicional, a fim de possuírem uma cultura ampla e universal, que lhes permita aprimorar ou desenvolver a religiosidade e tirar suas próprias conclusões, como livres pensadores. Sob o ponto de vista templário, esta é uma forma segura e sensata de poder estabelecer em cada um de seus membros, as bases do conhecimento e da espiritualidade que podem levar à verdadeira Sabedoria e à Iluminação.

A Ordem oferece oportunidades para se viver sob elevada espiritualidade, até mesmo monacal, em meio ao mundo familiar e profissional, evitando os inexplicáveis dogmas. Todos os membros têm a liberdade para buscar sua compreensão pessoal da Divindade, dentro da mais ampla autonomia e tolerância possíveis, respeitadas as formas de pensamento filosófico e teológico compatíveis e harmônicos - por isso a Ordem refere-se à Divindade ou ao Deus desconhecido, pois sua essência é compreendida de forma plural, de acordo com as convicções de cada ser humano. Neste sentido, a religiosidade templária manifesta-se sob a égide da tolerância e do esclarecimento, em lugar de imposições, preconcebimentos e dogmas.

Já com relação à franco-maçonaria, ela é, de certa forma, descendente das guildas de construtores da Idade Média, com as quais a Ordem do Templo manteve importantes relações. Assim, após as perseguições havidas no século XIV contra o Templo, diversas das guildas, notadamente na Escócia e Inglaterra ofereceram abrigo aos templários e deles incorporaram alguns símbolos. Por estas e outras razões, a franco-maçonaria, quando abriu a outras pessoas além dos construtores de ofício, também incorporou, com o passar do tempo, certos graus de caráter cavaleiresco, alguns dos quais, de caráter templário (como também hospitalário). Por isso, alguns pensam que a Ordem do Templo é uma organização maçônica, mas nada há de mais equivocado. A Ordem do Templo mantém respeito por diversas obediências maçônicas, pelos laços históricos, mas de forma alguma se subordina a qualquer delas.

A Ordem vê outras Ordens Iniciáticas Tradicionais como coirmãs, na medida em que sejam igualmente reconhecidas, no campo espiritual, pela Hierarquia Invisível dos Mestres da Sabedoria, da qual emana todo o conhecimento, pois são vários os caminhos que levam à Verdade Primordial. Por isso ela sempre busca manter boas relações com organizações iniciáticas e religiosas tradicionais que desempenham um trabalho importante e compatível com os Ideais templários.

É importante salientar, portanto, que a Ordem Sagrada do Templo e do Graal, OSTG, é uma organização autônoma, independente e soberana e, portanto, não se subordina a qualquer outra, salvo à Hierarquia do Templo e do Graal, que lhe deu origem e lhe transmitiu seu Legado.

Finalmente, chama-se a atenção dos peregrinos-buscadores sinceros para que tenham cuidado especial com todos aqueles que se dizem portadores de todas as verdades e de todo o conhecimento... Os que realmente os possuem, não tem necessidade de provar nada a ninguém... E os que dizem tudo saber, já desconhecem o significado da Verdadeira Sabedoria!