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Alquimia - Simbolismo (4/6)

 

Saudações templárias!

Embora possamos reconhecer componentes de psicologia em muitos textos alquímicos, somente a partir do início deste século que foi criada uma linguagem com a qual a nova e emergente ciência psicológica poderia investigar, com profundidade, aspectos do simbolismo alquímico.

Houve, em meados do século 19, tentativas para trabalhar com elementos psicológicos em textos alquímicos. Um trabalho chave foi o de Mary Ann Atwood, “Suggestive Enquiry into the Hermetic Mystery”, publicado em 1850 e imediatamente esgotado. Também E. A. Hitchcock em seu “Remark Upon Alchemy and the Alchemists”, 1857, toma uma visão interior ou mais psicológica do tema “O principal enfoque da Alquimia é o Homem; enquanto seu principal objetivo é a perfeição do Homem”. Mais tarde, diversos ocultistas, tais como Rudolf Steiner, utilizaram ideais alquímicos como um caminho para explicar a estrutura interna da alma humana.

Um dos pioneiros na visão psicológica da alquimia foi Herbert Silberer (1882-1922), um membro do círculo de psicoterapeutas de Viena. Em seu livro “Problemas do Misticismo e seu Simbolismo”, publicado em alemão em 1914, Silberer analisou os componentes psicológicos de alegorias do começo do século 17, aspectos do Rosacrucianismo e dos escritos místicos de Jane Lead.

Carl Jung ( 1875-1961 ) começou a investigar os componentes psicológicos da alquimia na década de 20 e durante todos os anos 30, 40 e 50, escreveu vários livros mostrando uma interpretação da alquimia dentro do contexto de suas idéias psicológicas. Com o objetivo de estudar a alquimia, ele iniciou uma coleção de livros e manuscritos alquímicos. A idéia de Jung sobre os arquétipos do inconsciente coletivo, ressoaram com a elaborada linguagem simbólica dos textos alquímicos e muniram os estudantes com uma nova visão para examinar esses textos.

O trabalho alquímico mais acessível de Jung pode ser considerado como o “Psicologia e Alquimia” (1944), que derivou de suas leituras de Eranos, realizadas em 1935-36. Nesse trabalho, ele primeiro lida com experiências com o simbolismo do sonho e com imagens alquímicas, e também apresentou a figura de que a alquimia é um mar de imagens arquetípicas coletivas que podem influenciar nossos sonhos. Na segunda metade desse livro, Jung examina as idéias religiosas que foram atraídas para a alquimia e os súbitos caminhos em que a tradição alquímica teve de lutar contra as contradições e problemas originados pelas idéias religiosas.

Os “Estudos Alquímicos” de Jung são uma série de ensaios a respeito dos “Segredos da Flor Dourada”, de Zózimos, de Paracelso, do espírito de Mercúrio e da árvore como um símbolo arquetípico da alquimia. Nestes ensaios ele já está hábil a olhar mais profundamente os diversos aspectos particulares da alquimia.

Provavelmente, um de seus mais difíceis e ainda um dos mais influentes de seus livros é o “Mysterium Coniunctionis”, 1955. Ali ele examina a natureza dos opostos na psique humana e na tradição alquímica. A união do Rei e da Rainha alquímicos, os componentes masculino e feminino da psique, são exaustivamente investigados através de vários ideais, símbolos e textos alquímicos. Esse livro, apesar de poucas pessoas poderem estudar com profundidade, fornece idéias chaves para entender as complexidades do simbolismo alquímico.

 

Referência: “The Alchemical web site and virtual library” (www.levity.com/alchemy/)

Adaptado e traduzido do inglês por
Ds. Richard WAN DECK ET LIÈVRE, i.p.s.
Mestre Pontifical do Templo