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Alquimia - Simbolismo (3/6)

 

Saudações templárias!

Os manuscritos e livros alquímicos sempre foram ilustrados por figuras simbólicas. Existem, contudo, sinais simples utilizados para denotar várias substâncias e processos alquímicos, mas o simbolismo utilizado na alquimia vai muito adiante do simples uso de sinais e símbolos.

A alquimia utiliza símbolos figurativa e alegoricamente, não apenas para representar uma ideia, mas para entende-la e revelar suas mais amplas implicações. Por exemplo, existe um considerável uso do simbolismo animal, como o leão verde, o sapo negro, a águia bicéfala, a serpente que engole a própria cauda, várias figuras humanas, o rei velho agonizando, a rainha branca, o cavaleiro; assim como formas estilizadas de instrumentos com os quais estas figuras interagem.

É importante notar que não há uma linguagem alquímica fixa e rígida dos símbolos, e também não é possível redigir um dicionário compreensível dos significados de cada símbolo, o qual descreveria seu emprego em todos os trabalhos alquímicos. Diferentes alquimistas empregaram o mesmo símbolo de formas diferentes, e mesmo ao longo de um mesmo trabalho, o mesmo símbolo pode ter diversos significados. Embora possa haver significados chaves para alguns símbolos, seu significado deve ser lido através do contexto simbólico do qual ele faz parte. Isso pode tornar o estudo do simbolismo alquímico uma experiência frustrante para aqueles que esperam exatidão e significados fixos para os símbolos.

Contudo, devemos ir com os alquimistas, ler seus textos, tentar adentrar sua maneira de ver o mundo, e tomar cuidado ao assimilar ou projetar nossas próprias percepções dos símbolos ou investir em um rápido julgamento de seus significados. Os símbolos devem ser vistos como parte de um emblema completo, não como elementos isolados. Frequentemente, um emblema é parte de uma sequência ilustrando o processo mais complexo, e assim, cada símbolo deve ser visto no contesto mais amplo de seu processo.

Não se pode esperar a revelação do significado de um emblema até que se perceba sua totalidade. Cada símbolo individualmente, pode aparecer com diferentes significados em diferentes estágios do processo, passando por uma repentina metamorfose, ou uma purificação mais gradual. Para estudar estas sequências, a melhor forma é colocar cópias de toda a sequência em um quadro ou parede e tentar encontrar afinidades ou ligações entre cada símbolo e o emblema. Com frequência, existe um padrão geométrico subjacente que revela como o símbolo trabalha. Deve-se sempre ter em mente que, geralmente, não é cada símbolo individualmente que é importante, mas o que eles fazem ou qual sua ligação com os demais elementos do emblema. Desta forma, as figuras alquímicas são alegóricas, de fato e normalmente encontramos alquimistas usando complexas alegorias para explicar seus processos.

 

 Referência: "The Alchemical web site and virtual library" (www.levity.com/alchemy/)

 Adaptado e traduzido do inglês por
Ds. Richard WAN DECK ET LIÈVRE, i.p.s.
Mestre Pontifical do Templo